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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARIANA MATIAS

( Brasília – Distrito Federal – Brasil )

 

Mariana Matias de Araújo. Nascida em São Paulo, criança e adolescente em Planaltina (DF), filha e neta de paraibanos.
Licenciada em Matemática, licenciou de 1987 a 2004 na Secretaria de Educação do DF.
Analista legislativa da Câmara dos Deputados, onde trabalha (em 2011) no Programa Pró-Adolescente.
Publicou poemas pela primeira vez em:

 

FINCAPÉ – Coletivo de Poetas. Org. Menezes y Moraes.  Brasília: Thesaurus Editora, 2011.  280 p.  12,5 X 22, 5 cm 
ISBN 978-85- 7062-969-1      
               Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Retrato (s)

Moram comigo e em mim
uma moleca descalça
e uma velha feiticeira
Tanto mais jovens e velhas
ambas muito sábias
que sua estranha hospedeira
Esta mulher indecisa
que se por mares navega
por vezes segue à deriva

Quando de mim me perco
sem reconhecer meus passos
(não reconheço sequer
o reflexo no espelho)
a velha traz seus conselhos
me ensina a mexer o pote
pra desvelar os segredos
Pra aceitar os mistérios
pra me olhar bem de perto
e sobreviver ao risco
de encarar o abismo

Já a menina me aparece
(não sei se a invoco ou emerge)
Quando o pão de cada dia
não tem poesia ou paixão
me carrega pela mão
por entre pedras e rios
me empresta seus olhos ávidos
cede aguçados sentidos

Tudo é novo
de novo
Como se fora o princípio
A menina, a velha, a mulher
Ângulos diversos
de um mesmo autorretrato
Somos eu mesma
Quem me perco
nos encontros
me refaço


Meu Amor Não Sabe

Meu amor não sabe
que ele não cabe
no quotidiano
No preto no branco
do meu dia a dia
Quer é colher flores
perfumar os quartos
recitar poesia
escrever nos murros
Meu amor é burro
E não se resigna
ao papel reservado
neste acordo tácito
que ninguém assina


Exílio

Meu amor parte — para este continente ainda não
existem velas — e sou eu quem fico exilado. Mas 
não voltarei ao porto. Vestirei meu luto e seguirei
até que o tempo o transforme em trapos. O tempo
é o único coveiro dos amores mortos.


Tua Cidade


O ócio me alimenta o vício
de nas horas vagas
entalhar palavras
que abram buracos
na tua muralha|

Eu já não quero nada
com a tua cidade
Não mais conquistá-la
Não mais esquecê-la

Apenas atravessá-la

 

O Fio

Não escrevo por amor às palavras
ou pela sensualidade dos signos
Escrevo por que me vejo
do lado oposto da margem
E não tenho outro instrumento
para cruzar este rio
Escrevo como quem busca
o fio no labirinto
Escrevo pra por em ordem
a confusão dos sentidos

 

*

 

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Página publicada em março de 2022


 

 

 
 
 
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